quinta-feira, 27 de março de 2008

American Idol

Quebro meu silêncio de dois meses pra falar da nova temporada do reality show de maior sucesso da TV, enquanto assisto o episódio de hoje, o segundo com músicas dos Beatles e no qual haverá a segunda eliminação do Top 12 (eu já sei quem será eliminado, mas não vou contar... hehehe).

Parece claro desde já que há favoritos disparados pra ganhar esta sétima edição, e isso não deve mudar muito conforme a temporada se aproximar do fim. Não há a menor dúvida de que a grande disputa resume-se ao duelo entre o moleque-prodígio David Archuleta e a deusa irlandesa Carly Smithson, os melhores do grupo não só pelas vozes fantásticas mas também por serem os mais completos, além de parecerem ser bem humildes. Correm por fora o galã australiano Michael Johns e a diva folk Brooke White, os únicos que podem ameaçar os protagonistas.

Quanto aos demais, meros coadjuvantes (e por que não dizer figurantes?). Os homens: o roqueiro-emo David Cook é bom, mas Chris Daughtry era melhor e menos convencido e só ficou em quarto; Jason Castro pode ser resumido em uma palavra: bo-ring; e Chikezie (sim, esse é o nome dele!!!) nao cheira e nem fede (sem falar que ter dois Idols com um nome só seria um exagero, e já tivemos Fantasia alguns anos atrás). Já entre as mulheres: Syesha Mercado tem uma bela voz, mas nada que não tenhamos ouvido antes; a loirinha Kristy Leigh Cook é bonitinha mas totalmente insossa; a havaiana Ramiele Malubay quase some perto dos outros; e a esquisitinha Amanda vai sair hoje anyway (oops, falei... hehehe).

Enfim, ouso até arriscar uma ordem de saída pros competidores (e faço isso ainda sem saber quem foi o terceiro eliminado, que já deve ter sido definido hoje nos EUA): Kristy, depois Chikezie, seguido por Ramiele e Syesha. David Cook e Jason Castro serão eliminados em seguida, deixando o quarteto principal brigando pelo título, com Brooke terminando em quarto, Michael Johns em terceiro, e a finalíssima entre Carly Smithson e David Archuleta (aí já não consigo chutar agora quem será o campeão).

De qualquer forma, a melhor coisa do programa continua sendo os comentários de Simon Cowell...

domingo, 27 de janeiro de 2008

Os prêmios do Sindicato dos Atores

Com boas chances de ser a única cerimônia de premiação do cinema e TV a realmente acontecer em 2008, foi realizada esta noite a entrega dos prêmios do Sindicato dos Atores de Hollywood, o Screen Actors Guild Awards. Como os atores apóiam a greve dos roteiristas desde o início, não houve qualquer impedimento à realização da festa, então todos aproveitaram pra esbanjar glamour e elegância no tapete vermelho.

A festa, que também celebrou o 75o aniversário do SAG, foi marcada por discursos ressaltando a importância dos sindicatos, dando uma leve cutucada nos estúdios para que cheguem a um acordo com os roteiristas de uma vez por todas. O recém-falecido Heath Ledger foi previsivelmente lembrado na tradicional homenagem aos artistas mortos durante o ano e um tanto surpreendentemente no discurso emocionado de Daniel Day-Lewis ao receber seu prêmio de melhor ator. Tom Cruise foi o astro encarregado de entregar o prêmio principal (melhor elenco em cinema) e encerrar a festa, que foi curta e bem-feita, com clipes interessantes mostrando a história do SAG e uma divertida introdução com alguns atores falando sobre si mesmos e dizendo que são atores.


Seguem abaixo os vencedores (em vermelho) e meus comentários:


TV

Numa premiação quase 100% diferente daquela vista há duas semanas no Globo de Ouro (apenas Tina Fey levou as estatuetas em ambas), o SAG resolveu homenagear uma das séries mais marcantes da história da televisão e que teve em 2007 sua sexta e derradeira temporada: "The Sopranos", também conhecida como "Famíla Soprano", levou os três prêmios dados às séries dramáticas - melhor elenco, melhor ator para James Gandolfini e melhor atriz para Edie Falco. Já nas comédias, as duas melhores sitcoms foram devida e merecidamente premiadas, com "30 Rock" levando os prêmios de ator e atriz (Alec Baldwin e Tina Fey) e "The Office" o de melhor elenco

Melhor Ator em Mini-série ou Filme Feito pra TV
MICHAEL KEATON – “The Company (TNT)
KEVIN KLINE – “As You Like It” (HBO)
OLIVER PLATT – “The Bronx is Burning” (ESPN)
SAM SHEPARD – “Ruffian” (ABC)
JOHN TURTURRO – “The Bronx is Burning” (ESPN)

Melhor Atriz em Mini-série ou Filme Feito pra TV
ELLEN BURSTYN – “Mitch Albom’s For One More Day” (ABC)
DEBRA MESSING – “The Starter Wife” (USA)
ANNA PAQUIN – “Bury My Heart at Wounded Knee” (HBO)
QUEEN LATIFAH – “Life Support “ (HBO)
VANESSA REDGRAVE – “The Fever” (HBO)
GENA ROWLANDS – “What If God Were the Sun?” (Lifetime)

Melhor Ator em Série Dramática
JAMES GANDOLFINI / Tony Soprano – “The Sopranos” (HBO)
MICHAEL C. HALL / Dexter Morgan – “Dexter” (Showtime)
JON HAMM / Don Draper – “Mad Men” (AMC)
HUGH LAURIE / Dr. Gregory House – “House” (FOX)
JAMES SPADER / Alan Shore – “Boston Legal” (ABC)

Melhor Atriz em Série Dramática
GLENN CLOSE / Patty Hewes – “Damages” (FX)
EDIE FALCO / Carmela Soprano – “The Sopranos” (HBO)
SALLY FIELD / Nora Walker – “Brothers & Sisters” (ABC)
HOLLY HUNTER / Grace Hanadarko – “Saving Grace” (TNT)
KYRA SEDGWICK / Deputy Police Chief Brenda Johnson – “The Closer” (TNT)

Melhor Ator em Série Cômica
ALEC BALDWIN / Jack Donaghy – “30 Rock” (NBC)
STEVE CARELL / Michael Scott – “The Office” (NBC)
RICKY GERVAIS / Andy Millman – “Extras” (NBC)
JEREMY PIVEN / Ari Gold – “Entourage” (HBO)
TONY SHALHOUB / Adrian Monk – “Monk” (USA)

Melhor Atriz em Série Cômica
CHRISTINA APPLEGATE / Samantha Newly – “Samantha Who?” (ABC)
AMERICA FERRERA / Betty Suarez – “Ugly Betty” (ABC)
TINA FEY / Liz Lemon – “30 Rock” (NBC)
MARY-LOUISE PARKER / Nancy Botwin – “Weeds” (Showtime)
VANESSA WILLIAMS / Wilhelmina Slater – “Ugly Betty” (ABC)

Melhor Elenco em Série Dramática
Boston Legal (ABC)
The Closer (TNT)
Grey’s Anatomy (ABC)
Mad Men (AMC)
The Sopranos (HBO)

Melhor Elenco em Série Cômica
30 Rock (NBC)
Desperate Housewives (ABC)
Entourage (HBO)
The Office (NBC)
Ugly Betty (ABC)


CINEMA

Poucas surpresas nos prêmios cinematográficos, com Daniel Day-Lewis, Julie Christie e Javier Bardem repetindo as vitórias do Globo de Ouro e uma única surpresa, com a veterana atriz negra Ruby Dee levando o prêmio de coadjuvante. Já no prêmio mais esperado da noite, o de melhor elenco (que é mais ou menos o equivalente do SAG ao prêmio de melhor filme), "Onde os Fracos Não Têm Vez", dos irmãos Coen, carimbou de vez o favoritismo ao Oscar - vale lembrar, no entanto, que curiosamente nenhum dos outros quatro indicados a este prêmio é finalista ao Oscar.

Melhor Ator

GEORGE CLOONEY – “Conduta de Risco”
DANIEL DAY-LEWIS – “Sangue Negro”
RYAN GOSLING– “Lars And The Real Girl”
EMILE HIRSCH – “Na Natureza Selvagem”
VIGGO MORTENSEN – “Senhores do Crime”


Melhor Atriz
CATE BLANCHETT – “Elizabeth: A Era de Ouro”
JULIE CHRISTIE – “Longe Dela”
MARION COTILLARD – “Piaf”
ANGELINA JOLIE – “O Preço da Coragem”
ELLEN PAGE – “Juno”


Melhor Ator Coadjuvante
CASEY AFFLECK - “O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford”
JAVIER BARDEM – “Onde os Fracos Não Têm Vez”
HAL HOLBROOK – “Na Natureza Selvagem”
TOMMY LEE JONES – “Onde os Fracos Não Têm Vez”
TOM WILKINSON – “Conduta de Risco”


Melhor Atriz Coadjuvante
CATE BLANCHETT – “I’m Not There”
RUBY DEE – “O Gângster”
CATHERINE KEENER – “Na Natureza Selvagem”
AMY RYAN – “Gone Baby Gone”
TILDA SWINTON – “Conduta de Risco”


Melhor Elenco
Os Indomáveis
O Gângster
Hairspray
Na Natureza Selvagem
Onde Os Fracos Não Têm Vez


Lifetime Achievement Award: Charles Durning

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Astro morto

As circunstâncias ainda estão nebulosas, mas é fato que o ator Heath Ledger foi encontrado morto nesta terça em um apartamento em Nova York. Suspeita-se de overdose de drogas e/ou remédios, com grande possibilidade de ter sido suicídio, já que a empregada o achou caído no chão do banheiro, rodeado de pílulas. Parece que o apartamento pertence à atriz Mary-Kate Olsen, mas não se sabe há quanto tempo o astro estava lá (Mary-Kate estava na Califórnia).

Ledger, australiano, 28 anos, foi indicado ao Oscar por sua atuação como um dos cowboys gays de "Brokeback Mountain", e vinha sendo bastante citado na mídia especializada por sua atuação como o Coringa no novo filme do Batman, "The Dark Knight" (que estréia no meio do ano). Entre seus filmes mais conhecidos destacam-se "10 Coisas que Eu Odeio em Você", "Coração de Cavaleiro", "O Patriota" e outros.

A morte dele segue a de outro jovem ator, Brad Renfro, menos conhecido, divulgada na semana passada. Renfro surgiu como o garoto do filme "O Cliente" (adaptação do best-seller de John Grisham estrelada por Susan Sarandon e Tommy Lee Jones) e depois fez outros filmes interessantes, como "Sleepers" e "O Aprendiz", mas sempre esteve envolvido em problemas com a lei. Ele também foi encontrado morto em seu apartamento.

Indicados ao Oscar 2008

Best Picture: "Atonement," "Juno," "Michael Clayton," "No Country for Old Men," "There Will Be Blood."

Actor: George Clooney, "Michael Clayton"; Daniel Day-Lewis, "There Will Be Blood"; Johnny Depp, "Sweeney Todd the Demon Barber of Fleet Street"; Tommy Lee Jones, "In the Valley of Elah"; Viggo Mortensen, "Eastern Promises."

Actress: Cate Blanchett, "Elizabeth: The Golden Age"; Julie Christie, "Away From Her"; Marion Cotillard, "La Vie en Rose"; Laura Linney, "The Savages"; Ellen Page, "Juno."

Supporting Actor: Casey Affleck, "The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford"; Javier Bardem, "No Country for Old Men"; Hal Holbrook, "Into the Wild"; Philip Seymour Hoffman, "Charlie Wilson's War"; Tom Wilkinson, "Michael Clayton."

Supporting Actress: Cate Blanchett, "I'm Not There"; Ruby Dee, "American Gangster"; Saoirse Ronan, "Atonement"; Amy Ryan, "Gone Baby Gone"; Tilda Swinton, "Michael Clayton."

Director: Julian Schnabel, "The Diving Bell and the Butterfly"; Jason Reitman, "Juno"; Tony Gilroy, "Michael Clayton"; Joel Coen and Ethan Coen, "No Country for Old Men"; Paul Thomas Anderson, "There Will Be Blood."

Foreign Film: "Beaufort," Israel; "The Counterfeiters," Austria; "Katyn," Poland; "Mongol," Kazakhstan; "12," Russia.

Adapted Screenplay: Christopher Hampton, "Atonement"; Sarah Polley, "Away from Her"; Ronald Harwood, "The Diving Bell and the Butterfly"; Joel Coen & Ethan Coen, "No Country for Old Men"; Paul Thomas Anderson, "There Will Be Blood."

Original Screenplay: Diablo Cody, "Juno"; Nancy Oliver, "Lars and the Real Girl"; Tony Gilroy, "Michael Clayton"; Brad Bird, Jan Pinkava and Jim Capobianco, "Ratatouille"; Tamara Jenkins, "The Savages."

Animated Feature Film: "Persepolis"; "Ratatouille"; "Surf's Up."

Art Direction: "American Gangster," "Atonement," "The Golden Compass," "Sweeney Todd the Demon Barber of Fleet Street," "There Will Be Blood."

Cinematography: "The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford," "Atonement," "The Diving Bell and the Butterfly," "No Country for Old Men," "There Will Be Blood."

Sound Mixing: "The Bourne Ultimatum," "No Country for Old Men," "Ratatouille," "3:10 to Yuma," "Transformers."

Sound Editing: "The Bourne Ultimatum," "No Country for Old Men," "Ratatouille," "There Will Be Blood," "Transformers."

Original Score: "Atonement," Dario Marianelli; "The Kite Runner," Alberto Iglesias; "Michael Clayton," James Newton Howard; "Ratatouille," Michael Giacchino; "3:10 to Yuma," Marco Beltrami.

Original Song: "Falling Slowly" from "Once," Glen Hansard and Marketa Irglova; "Happy Working Song" from "Enchanted," Alan Menken and Stephen Schwartz; "Raise It Up" from "August Rush," Nominees to be determined; "So Close" from "Enchanted," Alan Menken and Stephen Schwartz; "That's How You Know" from "Enchanted," Alan Menken and Stephen Schwartz.

Costume: "Across the Universe," "Atonement," "Elizabeth: The Golden Age," "La Vie en Rose," "Sweeney Todd the Demon Barber of Fleet Street."

Documentary Feature: "No End in Sight," "Operation Homecoming: Writing the Wartime Experience," "Sicko," "Taxi to the Dark Side," "War/Dance."

Documentary (short subject): "Freeheld," "La Corona (The Crown)," "Salim Baba," "Sari's Mother."

Film Editing: "The Bourne Ultimatum," "The Diving Bell and the Butterfly," "Into the Wild," "No Country for Old Men," "There Will Be Blood."

Makeup: "La Vie en Rose," "Norbit," "Pirates of the Caribbean: At World's End."

Animated Short Film: "I Met the Walrus," "Madame Tutli-Putli," "Meme Les Pigeons Vont au Paradis (Even Pigeons Go to Heaven)," "My Love (Moya Lyubov)," "Peter & the Wolf."

Live Action Short Film: "At Night," "Il Supplente (The Substitute)," "Le Mozart des Pickpockets (The Mozart of Pickpockets)," "Tanghi Argentini," "The Tonto Woman."

Visual Effects: "The Golden Compass," "Pirates of the Caribbean: At World's End," "Transformers."

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Temporada 2007/2008

As curtas férias desse fim-de-ano me ajudaram a colocar em dia todos os seriados que passam nos canais Sony e Warner, então já dá pra traçar um panorama dessa temporada 2007/2008, pelo menos com relação ao que está sendo exibido por aqui (na verdade é mais 2007, já que se bobear a greve dos roteiristas não vai permitir que haja a parte 2008). Descobri, por exemplo, que "My Boys" não é tão ruim quanto eu pensava (pelo contrário, é bem divertida), que os nerds de "The Big Bang Theory" estão cada vez mais engraçados e que os irmãos Winchester nunca estiveram em melhor forma. Por outro lado, depois do filme Borat já não tem mais tanta graça (comprovando que Sacha Baron Cohen fez bem ao aposentar o personagem, como anunciado recentemente) e a "Global Edition" do programa de Jon Stewart é hilária mas praticamente um engodo (já que somente 3 episódios foram exibidos e depois reprisados continuamente).

Seguem assim os destaques da temporada:

- Most Improved Series (aka* "série antiga que mais melhorou"): "Supernatural" - essa é a melhor temporada das aventuras do irmãos Winchester. Principais razões: (i) ótimas histórias, agora livres da eterna "caçada ao demônio dos olhos amarelos"; (ii) a adição de Katie Cassidy (a bela demônia aparentemente bem-intencionada Ruby) e Lauren Cohan (a caçadora de recompensas Bella, dona do sotaque mais sexy da TV) ao elenco regular; (iii) agora que tem apenas um ano de vida, Dean (Jensen Ackles) está livre pra fazer tudo que sempre quis; e (iv) novo suspense justamente pelo fato de Dean ter só um ano de vida (será que ele vai morrer?).

- Melhor personagem (drama): Chuck Bass (Ed Westwick), o bad-boy que todos adoram odiar de “Gossip Girl”.

- Melhor personagem (comédia): Jeff (Patrick Warbutton) de “Rules of Engagement”.

- Personagem que deveria aparecer mais: o porteiro sábio Frank (Tim Russ) de “Samantha Who?”.

- Melhor personagem all-time (= hors concours):
Ari Gold (Jeremy Piven), de "Entourage".

- Série que mais vai fazer falta: “Queer Eye for the Straight Guy”, cuja quinta e última temporada é exibida pela Sony e teve alguns de seus episódios mais inspirados esse ano (como o da garota que se tornou um homem e o do viúvo que vive com os filhos e a sogra).

- Prêmio “quando será que vão me indicar pra um Emmy, p&%#?”: Maura Tierney, a Abby de “E.R.”, que nessa temporada enfrenta a ausência do marido, cria o filho praticamente sozinha e luta contra o alcoolismo, e ainda assim não é lembrada pela Academia.


- Prêmio "nunca mais me chamem de Abobrinha": Christina Applegate, que deixou os dias de Kelly Bundy ("Married With Children") pra trás ao brilhar no papel-título de "Samantha Who?".

- Prêmio “já merecia ser mais famosa do que sou”:
Jennifer Esposito, a impagável Andrea de “Samantha Who?”.

- Prêmio "por que não estou no elenco regular?":
Michael Urie, o Mark de "Ugly Betty", que mesmo sendo o melhor personagem da série e aparecendo em todos os episódios continua constando como "guest star".


- Prêmio "moleque-figura": Angus T. Jones, o Jake de "Two and a Half Men".

-
Melhor demonstração de "range" (aka "sou boa tanto em drama quanto em comédia"): Jean Smart, que depois de brilhar como a Primeira-Dama problemática em "24 Horas" faz agora a mãe da protagonista de "Samantha Who?".

- Melhor casal:
Kyle Chandler e Connie Britton (Eric e Tami Taylor), de "Friday Night Lights").

- Melhor razão pra ser um eterno adolescente:
“Gossip Girl”.

- Melhor razão pra largar tudo e ser um escritor: Hank Moody (David Duchovny), de “Californication”, que vive bem mesmo estando numa fase de “branco criativo”, tem uma ex-mulher maravilhosa (Natasha McElhone) que não decide se ainda quer alguma coisa com ele, e a mulherada aos seus pés, mesmo tratando-as mal.

- Cena mais engraçada: Jack Donaghy (Alec Baldwin) imitando o pai, a mãe, o padrasto e o vizinho de Tracy numa sessão de terapia em "30 Rock".

- Episódio mais engraçado: "The Work Outing"
de "The IT Crowd" (em que todos vão ao teatro assistir um musical chamado "Gay - The Musical").

- Melhor série nova (comédia):
“Californication” (não é exatamente uma comédia, mas é classificada assim, então vai aqui mesmo).

- Melhor série nova (drama): “Gossip Girl”, um “The O.C.” vitaminado, com menos sol, mais glamour e o bônus de ser ambientada em Nova York (pra ser perfeita só falta Seth Cohen e Summer Roberts se transferirem pra Columbia ou NYU).

- Melhor surpresa da temporada (drama): “Moonlight”, que tinha tudo pra ser uma cópia piorada e previsível de “Angel”, mas é surpreendentemente boa, com suspense, ótimos roteiros e um elenco afiado (em ambos os sentidos).

- Melhor surpresa da temporada (comédia): “Carpoolers”, que no papel parecia estúpida (quatro caras que vão juntos pro trabalho todo dia) mas é bem escrita, tem piadas ótimas e um elenco que esbanja química.

- Prêmio “Ãhn?” (aka “plot twist mais bizarro”): Lana Lang (Kristin Kreuk) sendo a arquiteta de um mega plano de vingança contra Lex e ainda seqüestrando Lionel em “Smallville” (e em um episódio ainda ganha os poderes de Clark e parte pra porrada).


- Melhor episódio (comédia)
: "Casino Night", o último da 2ª temporada de “The Office” (ok, não é temporada 2007/8, mas eu só assisti agora, então também conta), escrito pelo astro Steve Carrell, com direito a um Michael Scott disputado por duas mulheres e Jim se declarando pra Pam (com beijo e tudo).

- Melhor episódio (drama): empate entre dois episódios de “Moonlight”: “Out of the Past” (ep.2), em que Mick conta a Beth que é um vampiro e enfrenta um inimigo do passado, e “Fever” (ep.4), em que ele vai parar no deserto pra proteger uma testemunha do FBI e acaba tendo que morder Beth pra não morrer.

- Prêmio "como subir na vida em 3 etapas": Eric Mabius, que começou como um corno cuja noiva o traiu com outra mulher em "The L Word", depois virou o diretor de escola que pegava uma aluna (Taylor) em "The O.C." e agora é o playboy profissional (e diretor da revista Mode) Daniel Meade em "Ugly Betty".

- Prêmio "finalmente estou sendo bem aproveitado": Daniel Boaventura, o diretor Adriano de "Malhação", que agora tem ótimos diálogos e até alguns números musicais.

- Sexiest TV mom (aka "mamãe mais sexy da TV"): Mary-Louise Parker, a Nancy Botwin de "Weeds".

- Cutest TV wife: Alison Munn, a Cindy de "Carpoolers".

- Sexiest TV doc: Kate Walsh, a dra. Addison Montgomery de "Grey´s Anatomy".

- Cutest TV doc: Jennifer Morrison, a dra. Cameron de "House".

- Sexiest funny woman: Tina Fey, a Liz Lemon de "3o Rock".

- Sexiest super agent: Yvonne Strahowski, a Sarah de "Chuck".

- Sexiest TV teenager (que não é teen na vida real): Sophia Bush, a Brooke de "One Tree Hill".

- Sexiest TV boss: Melora Hardin, a Jan de "The Office".

- Melhor adição ao elenco de uma série veterana: Stanley Tucci, o dr. Moretti de "E.R.".

- Melhor reality show: "Project Runway", que na terceira temporada teve direito à eliminação do melhor candidato por uma suposta "cola" e a uma briga entre dois participantes envolvendo até a mãe de um deles.

- Melhor roteirista: Josh Schwartz ("The O.C."), responsável não só por uma, mas duas das melhores séries da temporada ("Gossip Girl" e "Chuck").

- Melhor "time": Jerry O´Connell, Fred Goss, Jerry Minor e Tim Pepper, o "quarteto-fantástico" de "Carpoolers".

(*) aka = also known as = também conhecido(a) como

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Across the Universe

(EUA, 2007) - Dir.: Julie Taymor - Com Evan Rachel Wood, Jim Sturgess, Joe Anderson, Dana Fuchs, Martin Luther, T.V.Carpio, Bono, Joe Cocker, Eddie Izzard, Salma Hayek.

SINOPSE: Musical que se utiliza de grandes sucessos dos Beatles pra contar a história de amor de Jude, jovem inglês, e Lucy, adolescente americana. Nos anos 60, Jude vai pros Estados Unidos ilegalmente em busca do pai que nunca conheceu. Chegando em Princeton ele logo faz amizade com um riquinho rebelde, Max, e se apaixona pela irmã dele, Lucy. Os três vão para Nova York e lá se envolvem com a Guerra do Vietnã, os movimentos pela paz e pelos direitos civis e a cena artística da época.


O FILME: Embora seja um musical de estilo tradicional, ou seja, em que os atores começam a cantar sem maiores explicações (o que às vezes afasta o público em geral), o fato de as músicas serem em sua maioria sucessos conhecidos dos Beatles, extremamente bem escolhidas e adequadas à história, torna o filme acessível até mesmo pra quem não é fã de musicais. O visual é fantástico, incluindo até um pouco de animação em algumas cenas. E o elenco, jovem e desconhecido (à exceção da protagonista Evan Rachel Wood, que começou na TV - "Once and Again" - e é hoje uma das estrelas ascendentes do cinema americano), é excelente tanto atuando quanto cantando, com destaque para Joe Anderson (Max), que manda bem como o jovem que acaba sendo convocado pra lutar no Vietnã.

Ponto pra diretora Julie Taymor, que segue a escola Baz Luhrman ("Moulin Rouge", "Romeo + Juliet") no quesito inovação e criatividade visual. Ela, que foi responsável por transformar "O Rei Leão" em um dos maiores sucessos da Broadway de todos os tempos, ainda não emplacou um grande sucesso no cinema (seus filmes mais conhecidos são "Frida", que é mais lembrado pela atuação de Salma Hayek do que qualquer outra coisa, e "Titus", adaptação de uma obra pouco conhecida de Shakespeare e estrelada por Anthony Hopkins que nem passou por aqui), mas chega mais perto com esse ótimo filme que merecia melhor recepção do público.

Indicado ao Globo de Ouro 2008 como melhor filme na categoria musical/comédia, perdeu pra outro musical, "Sweeney Todd".

NOTA: 8

domingo, 13 de janeiro de 2008

Golden Globe Winners

MELHOR FILME - DRAMA
Desejo e Reparação (Atonement)

MELHOR ATRIZ - DRAMA
Julie Christie – Longe Dela (Away From Her)

MELHOR ATOR - DRAMA
Daniel Day-Lewis – Sangue Negro

MELHOR FILME - COMÉDIA
Sweeney Todd

MELHOR ATRIZ - COMÉDIA
Marion Cotillard – Piaf (La Vie En Rose)

MELHOR ATOR - COMÉDIA
Johnny Depp – Sweeney Todd

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Cate Blanchett – I'm Not There

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Javier Bardem – Onde os Fracos Não Têm Vez

MELHOR FILME - ANIMAÇÃO
Ratatouille

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
O Escafandro e a Borboleta (The Diving Bell And The Butterfly) - FRANÇA/EUA

MELHOR DIRETOR
Julian Schnabel – O Escafandro e a Borboleta

MELHOR ROTEIRO
Ethan Coen, Joel Coen - Onde os Fracos Não Têm Vez

MELHOR TRILHA SONORA
Dario Marianelli - Desejo e Reparação

MELHOR CANÇÃO
"Guaranteed", de Eddie Vedder (Na Natureza Selvagem)

TELEVISÃO

MELHOR SÉRIE - DRAMA
Mad Men (AMC)

MELHOR ATRIZ - DRAMA
Glenn Close – Damages (FX NETWORK)

MELHOR ATOR - DRAMA
Jon Hamm – Mad Men (AMC)

MELHOR SÉRIE - COMÉDIA
Extras (HBO)

MELHOR ATRIZ - COMÉDIA
Tina Fey 30 Rock (NBC)

MELHOR ATOR - COMÉDIA
David Duchovny – Californication (SHOWTIME)

MELHOR MINI-SÉRIE OU FILME FEITO PRA TV
Longford (HBO)

MELHOR ATRIZ EM MINI-SÉRIE OU FILME FEITO PRA TV
Queen Latifah – Life Support

MELHOR ATOR EM MINI-SÉRIE OU FILME FEITO PRA TV
Jim Broadbent – Longford (HBO)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Samantha Morton – Longford (HBO)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Jeremy Piven Entourage (HBO)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Premiações - e a greve?

Era pra eu ter publicado esse texto no fim de dezembro, quando foram anunciados os indicados ao Globo de Ouro (o prêmio dado pela Associação dos Jornalistas Estrangeiros de Hollywood aos melhores do cinema e TV) e ao Actor (entregue pelo Sindicato dos Atores, o Screen Actors Guild), mas acabei não conseguindo, então vai agora, já atualizado por acontecimentos recentes.

A greve dos roteiristas continua, já na sua sétima semana, e a situação do cinema e televisão americanos está bem preocupante, principalmente pra TV, já que vários seriados estão em hiato por não terem mais episódios escritos (das séries mais conhecidas, a maior prejudicada até agora foi “24 Horas”, que talvez nem vá ao ar em 2008 – já que os produtores entendem que não seria bom pra série ser exibida com um intervalo). Além disso, o fato de os atores estarem apoiando os roteiristas gerou a primeira vítima de 2008: a cerimônia de entrega do Globo de Ouro. Os prêmios seriam entreguem em uma cerimônia que ocorreria no próximo domingo, dia 13. No entanto, a associação e a emissora que exibiria o show (a NBC) decidiram cancelá-lo, com medo de que acontecesse com platéia vazia e sem a presença dos indicados. Uma pena, porque a disputa desse ano é uma das mais imprevisíveis dos últimos anos e certamente seria ótimo acompanhar a entrega prêmio a prêmio.

De qualquer forma, os prêmios obviamente ainda serão entregues, em uma cerimônia simplesinha e possivelmente somente com os ganhadores, que serão anunciados em algum programa jornalístico no domingo.

Resta saber o que acontecerá com a cerimônia do SAG (prevista pro fim de janeiro) e com o próprio Oscar, cujas indicações serão anunciadas do próximo dia 22.

SOBRE AS INDICAÇÕES

Como já mencionado acima, tanto a Associação dos Críticos Estrangeiros (FPA) quanto o Sindicato dos Atores (SAG) anunciaram em dezembro os indicados aos seus respectivos prêmios, ou seja, o Globo de Ouro e o Actor. Em comum entre ambos, pouca coisa, o que reforça a grande competitividade do ano (ou seja, não há nenhum grande favorito). Por exemplo, o campeão em indicações ao Globo de Ouro foi o drama inglês “Desejo e Reparação” (7 indicações), totalmente ignorado pelo SAG; por outro lado, o mix de drama e road-movie “Na Natureza Selvagem”, dirigido por Sean Penn, foi o grande destaque nas indicações do SAG, mas quase esquecido pelos críticos estrangeiros. Também chamou atenção a esnobada sofrida pelos dramas que têm a guerra do Iraque como pano de fundo, como “No Vale das Sombras”, “Leões e Cordeiros” (ambos já exibidos por aqui) e “O Suspeito” (que estréia hoje no país).

Outro fato curioso ficou a cargo das indicações televisivas ao Globo de Ouro. No lugar das séries mais badaladas da TV aberta (nada de “Lost”, “Desperate Housewives”, “The Office” e “Heroes”), os críticos estrangeiros preferiram privilegiar os canais a cabo, e assim quem dominou foram séries elogiadas pelos críticos, mas não necessariamente sucessos de público, como “Dexter”, “The Tudors”, “Californication”, “Mad Men” e “Damages” (as duas últimas ainda inéditas por aqui), todas excelentes e merecedoras das indicações.

OS PRINCIPAIS FILMES DO ANO

Antes de relacionar a lista completa de indicados, é bom saber um pouco sobre os principais indicados, já que muitos deles ainda não pintaram por aqui:

- “Desejo e Reparação” (Atonement): drama inglês adaptado do livro de Ian McEwan, que reúne novamente (depois de “Orgulho e Preconceito”) o diretor Joe Wright com a estrela Keira Knightley, desta vez com a adição do ator James McAvoy. Estréia hoje por aqui e vem sendo muito elogiado.

- “Sangue Negro” (There Will Be Blood): drama sobre um empresário de petróleo do Texas no inicio do século XX, vivido por Daniel Day Lewis, dirigido pelo sumido Paul Thomas Anderson (“Magnolia”, “Boogie Nights”).

- “Juno”, a comédia mais elogiada do ano, dirigida por Jason Reitman (“Obrigado por Fumar”), com a ótima Ellen Page (“X-Men”, “MeninaMá.com”) como uma adolescente que fica grávida e não sabe o que fazer. Tem ainda no elenco Jennifer Garner (“Alias”), Jason Bateman e Michael Cera (que faziam pai e filho na finada “Arrested Development”).

- “Senhores do Crime” (Eastern Promises): novo suspense do diretor David Cronenberg e novamente estrelado por Viggo Mortensen (ambos fizeram o excelente “Marcas da Violência” em 2005), dessa vez com a ajuda de Naomi Watts e Max Von Sidow.

- “Onde os Fracos Não Têm Vez” (No Country for Old Men): o violento e elogiado drama dos irmãos Coen, estrelado por Tommy Lee Jones, Javier Bardem e Josh Brolin.

- “Sweeney Todd, o Barbeiro Demônio de Baker Street”, a adaptação de Tim Burton pra um dos melhores musicais da Broadway de todos os tempos, com Johnny Depp no papel-título e Helena Bonham-Carter, Alan Rickman e Sacha Baron Cohen no elenco.


- “O Gângster” (American Gangster): reúne pela terceira vez o diretor Ridley Scott com o astro Russell Crowe, na história do policial que faz de tudo pra prender o rei do tráfico de drogas de New Jersey (Denzel Washington). História real.


- “Conduta de Risco” (Michael Clayton): excelente suspense já em cartaz por aqui há algum tempo (vide crítica neste blog), com George Clooney como o advogado encarregado de resolver o problema que surge quando um colega (Tom Wilkinson) tem uma crise ética e resolve ir contra o próprio cliente.


- "Hairspray", a divertidíssima e sensacional adaptação do musical da Broadway que mostra com bom humor o preconceito racial e físico na Baltimore dos anos 60, com o astro John Travolta de volta às origens no papel de uma bela senhora gorda. Já exibido no Brasil.


- "O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford", faroeste bem diferente que mostra a relação entre o famoso bandido do Velho Oeste (vivido por Brad Pitt) e o "amigo" que acabou por matá-lo (Casey Affleck, o irmão caçula de Ben). Já exibido no Brasil.


- “Na Natureza Selvagem” (Into the Wild): drama dirigido pelo astro Sean Penn e adaptado do best-seller de Jon Krakauer. Conta a história de um jovem (Emile Hirsch, de “Alpha Dog” e “Show de Vizinha”) que larga a vida boa pra fazer uma jornada até o Alaska.

- “Jogos do Poder” (Charlie Wilson´s War): drama dirigido pelo grande Mike Nichols e escrito por Aaron Sorkin (“The West Wing”), reúne pela primeira vez os super-astros Tom Hanks e Julia Roberts (ela estava 2 anos sem filmar) e ainda Phillip Seymour Hoffman numa história cheia de politicagem sobre um congressista que ajuda por baixo do pano os rebeldes afegãos contra os invasores russos.

- “The Great Debaters”: drama dirigido e estrelado por Denzel Washington, que faz um professor que inspira seus alunos nos anos 30.


- “Os Indomáveis” (3:10 to Yuma): faroeste com Christian Bale (“Batman Begins”) como o rancheiro que se dispõe a escoltar um bandido (Russell Crowe) até uma estação de trem, de onde as autoridades o levarão à prisão. Refilmagem de um clássico dos anos 50.


- "Encantada" (Enchanted): a literalmente encantadora fantasia da Disney sobre uma princesa do mundo dos desenhos (Amy Adams, perfeita ) que vai parar em plena Nova York e tem que encontrar o caminho de volta pra casa, não sem antes encontrar seu príncipe não tão encantado assim na pele de um advogado que cuida de divórcios (o McDreamy em pessoa Patrick Dempsey). Em cartaz nos cinemas brasileiros.


- “Elizabeth – A Era de Ouro” (Elizabeth: the Golden Age): sequência do grande sucesso que revelou a hoje estrela Cate Blanchett, com Clive Owen e Geoffrey Rush no elenco.

- “Valente” (The Brave One): suspense de Neil Jordan com Jodie Foster como uma radialista que se torna uma justiceira tipo Charles Bronson pra vingar a morte do namorado.

- “Longe Dela” (Away from Her): elogiado drama de estréia da atriz Sarah Polley na direção, mostrando com delicadeza os efeitos da velhice, em especial a senhora vivida pela grande Julie Christie.

- “O Preço da Coragem” (A Mighty Heart): drama sobre o seqüestro do jornalista Daniel Pearl no Iraque, sob o ponto de vista de mulher dele, vivida por Angelina Jolie. Já passou por aqui.

- "Lars and the Real Girl", comédia dramática com Ryan Gosling ("Half Nelson", "Diários de uma Paixão") como um cara que namora uma boneca inflável.


- "The Savages", comédia dramática sobre dois irmãos (Phillip Seymour Hoffman e Laura Linney) que têm que cuidar do pai idoso.


- "I´m Not There", filme do diretor Todd Haynes sobre o cantor Bob Dylan com um conceito no mínimo diferente: ele é vivido por diferentes atores conforme a fase da vida (dentre eles Richard Gere, Christian bale e até Cate Blanchett).


- "Walk Hard, the Dewey Cox Story", mais uma comédia de Judd Apatow ("Ligeiramente Grávidos", "Superbad - É Hoje"), sátira às cinebiografias de cantores famosos, sobre o fictício Dewey Cox (vivido por John C. Reilly).


- "Gone Baby Gone", policial adaptado de livro de Denis Lehane ("Sobre Meninos e Lobos"), elogiada estréia na direção do astro Ben Affleck.



(*****) A lista dos indicados ao Actor será publicada na semana que vem.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Meu Nome Não é Johnny

(Brasil, 2007) – Dir.: Mauro Lima – Com Selton Mello, Cléo Pires, Júlia Lemmertz, Cássia Kiss, Rafaela Mandelli, André de Biasi, Eva Todor, Angelo Paes Leme, Felipe Martins.

SINOPSE: Adaptado do livro de Guilherme Fiúza, conta a história real de João Guilherme Estrella, jovem da classe média alta carioca que se tornou o maior traficante de cocaína do Rio nos anos 80 e começo dos 90.

O FILME: Pode-se dizer que “Meu Nome Não É Johnny”, guardadas as devidas proporções, é uma espécie de “Os Bons Companheiros” em versão brasileira. Ambos tratam de histórias parecidas: traficante que põe tudo a perder por se deixar viciar pela droga que vende. A diferença é que Henry Hill, o personagem central do clássico de Martin Scorcese, começa como traficante e só depois se vicia na droga que vende; já com João Estrella ocorre o contrário, uma vez que ele se torna traficante justamente pra sustentar o seu próprio vício e dos amigos. O ritmo frenético dos dois filmes também é parecido, ficando mais acelerado conforme o protagonista se descontrola cada vez mais, até chegar ao ápice quando a casa cai de vez. E tanto João quanto Henry acabam envolvendo família e amigos nos negócios, levando todos com ele pro fundo do poço.

O diretor Mauro Lima (também autor do ótimo roteiro ao lado da produtora Marisa Leão) conseguiu uma proeza: fez um filme que conta uma história real sobre drogas, prisão e drama familiar que foge dos estereótipos que povoam o atual cinema brasileiro. Lógico que tem um pouquinho de violência e palavrões, mas nada que possa abalar uma senhora de 60 anos que esteja na platéia. E ao contrário de outros dramas recentes, não apela pro clima depressivo quando mostra a derrocada do protagonista (tipo “Cazuza”, “Bicho de Sete Cabeças” e afins) e mesmo assim consegue emocionar. Na verdade é tudo meio estilizado, mais pra sátira que pro real, buscando o humor até em situações mais extremas, e é justamente esse um dos pontos altos do filme. E por isso tudo funciona muito bem, desde a interpretação brilhante de Selton Mello (especialmente comparando com a atuação dele em seu filme anterior, “O Cheiro do Ralo”, completamente diferente e igualmente sensacional) até as cenas no sanatório público, que tinham tudo pra ser deprê mas não são, principalmente graças à presença do sumido Felipe Martins como um dos internos. Um grande começo de ano pro cinema nacional.

NOTA: 8,5

Golden Globe nominees

CINEMA

MELHOR FILME - DRAMA
O Gangster (American Gangster)
Desejo e Reparação (Atonement)
Senhores do Crime (Eastern Promises)
The Great Debaters
Conduta de Risco (Michael Clayton)
Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country For Old Men)
Sangue Negro (There Will Be Blood)

MELHOR ATRIZ - DRAMA
Cate Blanchett – Elizabeth: The Golden Age
Julie Christie – Longe Dela (Away From Her)
Jodie Foster – Valente (The Brave One)
Angelina Jolie – O Preço da Coragem (A Mighty Heart)
Keira Knightley – Desejo e Reparação

MELHOR ATOR - DRAMA
George Clooney – Conduta de Risco
Daniel Day-Lewis – Sangue Negro
James McAvoy – Desejo e Reparação
Viggo Mortensen – Senhores do Crime
Denzel Washington – O Gângster

MELHOR FILME - COMÉDIA
Across The Universe
Jogos do Poder (Charlie Wilson's War)
Hairspray
Juno
Sweeney Todd

MELHOR ATRIZ - COMÉDIA
Amy Adams – Encantada (Enchanted)
Nikki Blonsky – Hairspray
Helena Bonham Carter – Sweeney Todd
Marion Cotillard – Piaf (La Vie En Rose)
Ellen Page – Juno

MELHOR ATOR - COMÉDIA
Johnny Depp – Sweeney Todd
Ryan Gosling – Lars and the Real Girl
Tom Hanks – Jogos do Poder
Philip Seymour Hoffman – The Savages
John C. Reilly – Walk Hard: The Dewey Cox Story

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Cate Blanchett – I'm Not There
Julia Roberts – Jogos do Poder
Saoirse Ronan – Desejo e Reparação
Amy Ryan – Gone Baby Gone
Tilda Swinton – Conduta de Risco

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Casey Affleck – O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford
Javier Bardem – Onde os Fracos Não Têm Vez
Philip Seymour Hoffman – Jogos do Poder
John Travolta – Hairspray
Tom Wilkinson – Conduta de Risco

MELHOR FILME - ANIMAÇÃO
Bee Movie
Ratatouille
Os Simpsons – O Filme

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (4 Months, 3 Weeks And 2 Days) - ROMÊNIA
The Diving Bell And The Butterfly – FRANÇA/EUA
O Caçador de Pipas (The Kite Runner) - EUA
Lust, Caution - TAIWAN
Persépolis - FRANÇA

MELHOR DIRETOR
Tim Burton – Sweeney Todd
Ethan Coen, Joel Coen – Onde os Fracos Não Têm Vez
Julian Schnabel – The Diving Bell And The Butterfly
Ridley Scott – O Gângster
Joe Wright – Desejo e Reparação

MELHOR ROTEIRO
Christopher Hampton – Desejo e Reparação
Aaron Sorkin – Jogos do Poder
Ronald Harwood - The Diving Bell And The Butterfly
Diablo Cody - Juno
Ethan Coen, Joel Coen - Onde os Fracos Não Têm Vez

MELHOR TRILHA SONORA
Grace Is Gone - Clint Eastwood
O Caçador de Pipas - Alberto Iglesias
Desejo e Reparação - Dario Marianelli
Senhores do Crime - Howard Shore
Na Natureza Selvagem - Eddie Vedder, Michael Vedder, Kaki Vedder

MELHOR CANÇÃO
"Despedida", de Shakira e Antonio Pinto (O Amor Nos Tempos do Cólera)
"Grace Is Gone", de Clint Eastwood e Carole Bayer Sager (Grace Is Gone)
"Guaranteed", de Eddie Vedder (Na Natureza Selvagem)
"That's How You Know", de Alan Menken (Encantada)
"Walk Hard", de Judd Apatow, Kasdan, John C. Reilly e Marshall Crenshaw (Walk Hard)

TELEVISÃO

MELHOR SÉRIE - DRAMA
Big Love (HBO)
Damages (FX NETWORK)
Grey's Anatomy (ABC)
House (FOX)
Mad Men (AMC)
The Tudors (SHOWTIME)

MELHOR ATRIZ - DRAMA
Patricia Arquette Medium (NBC)
Glenn Close – Damages (FX NETWORK)
Minnie Driver – The Riches
Edie Falco The Sopranos (HBO)
Sally Field – Brothers & Sisters (ABC)
Holly Hunter – Saving Grace
Kyra Sedgwick The Closer (TNT)

MELHOR ATOR - DRAMA
Michael C. HallDexter (SHOWTIME)
Jon Hamm – Mad Men (AMC)
Hugh Laurie House (FOX)
Bill Paxton Big Love (HBO)
Jonathan Rhys Meyers – The Tudors (SHOWTIME)

MELHOR SÉRIE - COMÉDIA
30 Rock (NBC)
Californication (SHOWTIME)
Entourage (HBO)
Extras (HBO)
Pushing Daisies (ABC)

MELHOR ATRIZ - COMÉDIA
Christina Applegate – Samantha Who?
America Ferrera Ugly Betty (ABC)
Tina Fey 30 Rock (NBC)
Anna Friel – Pushing Daisies (ABC)
Mary-Louise Parker Weeds (SHOWTIME)

MELHOR ATOR - COMÉDIA
Alec Baldwin 30 Rock (NBC)
Steve Carell The Office (NBC)
David Duchovny – Californication (SHOWTIME)
Ricky Gervais – Extras (HBO)
Lee Pace – Pushing Daisies (ABC)

MELHOR MINI-SÉRIE OU FILME FEITO PRA TV
Bury My Heart At Wounded Knee (HBO)
The Company (TNT)
Five Days (HBO)
Longford (HBO)
The State Within (BBC AMERIC)

MELHOR ATRIZ EM MINI-SÉRIE OU FILME FEITO PRA TV
Bryce Dallas Howard – As You Like It
Queen Latifah – Life Support
Debra Messing – The Starter Wife
Sissy Spacek – Pictures Of Hollis Woods
Ruth Wilson – Jane Eyre (Masterpiece Theatre)

MELHOR ATOR EM MINI-SÉRIE OU FILME FEITO PRA TV
Adam Beach – Bury My Heart At Wounded Knee (HBO)
Ernest Borgnine – A Grandpa For Christmas
Jim Broadbent – Longford (HBO)
Jason Isaacs – The State Within (BBC AMERIC)
James Nesbitt – Jekyll

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Rose Byrne – Damages (FX NETWORK)
Rachel Griffiths – Brothers & Sisters (ABC)
Katherine Heigl Grey's Anatomy (ABC)
Samantha Morton – Longford (HBO)
Anna Paquin – Bury My Heart At Wounded Knee (HBO)
Jaime Pressly My Name Is Earl (NBC)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Ted Danson – Damages (FX NETWORK)
Kevin Dillon Entourage (HBO)
Jeremy Piven Entourage (HBO)
Andy Serkis – Longford (HBO)
William Shatner Boston Legal
Donald Sutherland – Dirty Sexy Money (ABC)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Entrevista

Segue abaixo uma entrevista com a minha amiga Manu Littieri (*).


"De alguns anos pra cá, a ‘Broadway paulistana’ vem crescendo e adquirindo cada vez mais talentos brasileiros para os palcos, cantando, dançando e atuando. Manu Littiéry, 22, uma das jovens aspirantes aos grandes palcos do teatro musical, começou ainda pequena a cantar, dançar e mais tarde atuar. A atriz, formada por Marcos Antunes, é aluna de um dos grandes nomes da Opera e do Teatro musical, Ana Taglianetti. Em sua carreira promissora, já concorreu ao prêmio ACESC de melhor atriz pela peça ‘Piramo e Tisbe’, em 2004. Seu currículo inclui grandes trabalhos, onde interpretou papéis principais, tais como ‘Jekyll and Hyde’, no papel de Lucy, ‘Cats’, dando voz à famosa canção ‘Memory’, e ‘Rent’, neste último dando atitude ao drama da advogada homossexual Joanne Jefferson. Seu mais recente trabalho, "Moulin Rouge", Manu conta como foi interpretar um personagem que foi aos cinemas na pele de, nada mais, nada menos, que Nicole Kidman.

Blog: Moulin Rouge se tornou um musical popular levando às telas dos cinemas Nicole Kidman e Ewan McGregor. Você se inspirou na atuação de Nicole para fazer a Satine ?
Manu: Você acredita que eu não assisti o filme? Eu assisti quando lançou, comprei o DVD, sempre adorei a história. Mas depois que fiquei sabendo que faria a peça resolvi não assistir, exatamente para não me influenciar. Quis fazer a minha Satine, estudando o roteiro que me deram e ir criando a partir disso.

Blog: Então você assistiu ao filme, mas resolveu não se inspirar nas atuações populares. Foi possível fazer um papel tão complexo como Satine apenas com o roteiro?
Manu: Eu tive muita ajuda da direção, até porque a intenção nunca foi ‘copiar’ o filme ou os personagens.Mas, além disso, tem uma história engraçada: a algum tempo (sic) atrás eu estava no aeroporto, tomando aquele chá de cadeira, e entrei numa livraria para comprar um livro para matar o tempo.E foi um achado, tudo que eu precisava! Um livro lindíssimo que todo mundo deveria ler. Chama-se ‘O Diário de Marise’, da Vanessa de Oliveira. É uma biografia de uma ex-garota de programa.Na época eu estava estudando outro musical, Jekyll and Hyde, e o livro me deu a base necessária par a compor a Lucy Harris, que também é cortesã. Fui atrás da autora e conversamos bastante, ela me ajudou muito também. E quando fui fazer a Satine, as pessoas falavam ‘Você tem que ler esse livro, a Marise é igual a Satine’. E eu já sabia disso tudo!





Manu Littiéry como Satine






Blog:
Você formou uma relação com a Autora do livro, e esta ainda te ajudou a construir a Lucy. A própria Vanessa também te ajudou a construir a Satine? E como é a relação de vocês hoje em dia?

Manu: Eu não a conheço pessoalmente. Conversamos bastante por MSN e algumas vezes por telefone, ela sempre foi muito querida e sempre me ajudou da melhor maneira possível. Até surgiram oportunidades de fazermos uma campanha juntas, mas nossos horários não bateram até hoje. No fim das contas eu nem consegui avisá-la que mais uma vez eu viveria uma personagem como a Marise, foi uma correria tão grande. Nesse semestre, me dividi entre os ensaios do Moulin Rouge, os ensaios das minhas músicas para o meu CD e as gravações de um filme, foi uma correria tão grande, que só consegui falar com ela na semana da estréia. Mas tenho certeza que ela teria me ajudado.

Blog: Neste caso, quais semelhanças entre a personagem do livro e a do Moulin Rouge que te ajudou na construção do personagem?
Manu: Bom. Muitas coisas. O que mais me chamava a atenção enquanto eu lia ‘O Diário de Marise’, era o lado romântico da Vanessa, a crença no amor acima de tudo e no como ela separava os sentimentos na hora do trabalho. A Satine também tem essa alma, ela não se envolve de jeito nenhum é como se seu coração tivesse se tornado uma pedra que absolutamente nada consegue destruir e o que importa é o trabalho tanto é que ela demora para aceitar que está realmente amando. Mas eu diria que o mais impressionante é a semelhança física das duas. Ruivas, de olhos claros, e bem branquinhas...Até mesmo o nome das duas se encaixam: “M a r i s e”, “S a t i n e”.






Vanessa de Oliveira, a ‘Ex’ Marise.





Blog: Lucy e Satine são cortesãs. Você, interpretando as duas, teve dificuldade em se desvencilhar de uma para criar outra, se preocupando em não fazer o mesmo papel duas vezes em musicais diferentes?
Manu: No início é um pouco complicado. Nos primeiros ensaios da Satine, a Lucy aparecia bastante. Mas depois fui entendendo melhor e na realidade elas são bastante diferentes. Apesar de terem uma força incrível, levarem a mesma profissão, quase na mesma época e serem muito sonhadoras em relação ao amor, a Satine é mais ousada e mascara mais a vida que leva. A Lucy é mais doce, mais mocinha, eu diria.

Blog: Você consegue dizer qual foi o personagem que você mais encontrou dificuldade; E porque?
Manu: Nunca é fácil. De imediato, eu sempre acho que não vou conseguir de jeito nenhum. Mas um dos segredos é estar disposta a se doar o suficiente e deixar o personagem entrar. Mas tiveram alguns que o processo foi um pouco mais complicado. Acho que a Joanne de ‘Rent’, porque ela tinha trejeitos muito masculinos que eu demorei pra conseguir encontrar o ponto certo. E a Satine foi bem difícil no inicio, como eu já disse, porque a Lucy ainda tinha influencias sobre mim. E porque a Satine tem um lado mais comédia, ela não é 100% drama. Demorou um pouco para achar a medida certa também.

Blog: Qual conselho você daria àqueles que estiverem iniciando uma carreira ou querendo entrar neste meio?
Manu: Esse meio é complicado. Um dia você está muito bem empregado, no outro não tem mais nada. Mas tem que acreditar, não desistir nunca e estudar muito. Mas muito. Esse é o tipo de profissão que não se pode parar de estudar nunca.

Bate-Volta:

Um ator: Johnny Depp
Uma atriz: Muitas. Cheryl Ladd, Jane Seymour, Coleen Sexton, Kerry Ellis.
Uma música: The Spirit Carries On, do Dream Theater
A viagem perfeita: Paris
Um trabalho que marcou: Cats
Uma paixão: Compor
Um livro: Paramahansa Yogananda
Nas horas vagas: Jantar fora, dormir, ler.
Uma filosofia: ‘Só quem tenta o ridículo, consegue o impossível’.

(*) Entrevista realizada por Giovahnna Antonucci

2008

Ano novo, vida nova, todo mundo faz dezenas de resoluções, mudar isso, fazer tal coisa diferente, não ser mais daquele jeito... e no fim, 90% das resoluções são repetidas no ano seguinte por não terem sido cumpridas... É por isso que esse ano eu resolvi não fazer resolução alguma, e simplesmente deixar as coisas correrem. Afinal, apesar de alguns pequenos pesares em 2007, as coisas estão fluindo bem, então por que não continuar assim?

Ok, vai, uma resolução: escrever mais aqui (apesar de que a média de 7 postagens por mês até que não foi ruim).

P.S.: Vários textos estavam engatilhados desde dezembro, mas acabei não conseguindo publicar... indicações ao Globo de Ouro, que até já foi cancelado (mais explicações sobre isso em um post específico), e ao Actor (o prêmio do Screen Actors Guide), críticas de vários filmes, comentários sobre as séries de TV (e a greve que continua), uma entrevista com a minha amiga Manu Littieri, lista de melhores do ano e afins... aguardem!