(Brasil, 2007) – Dir.: Mauro Lima – Com Selton Mello, Cléo Pires, Júlia Lemmertz, Cássia Kiss, Rafaela Mandelli, André de Biasi, Eva Todor, Angelo Paes Leme, Felipe Martins.
SINOPSE: Adaptado do livro de Guilherme Fiúza, conta a história real de João Guilherme Estrella, jovem da classe média alta carioca que se tornou o maior traficante de cocaína do Rio nos anos 80 e começo dos 90.
O FILME: Pode-se dizer que “Meu Nome Não É Johnny”, guardadas as devidas proporções, é uma espécie de “Os Bons Companheiros” em versão brasileira. Ambos tratam de histórias parecidas: traficante que põe tudo a perder por se deixar viciar pela droga que vende. A diferença é que Henry Hill, o personagem central do clássico de Martin Scorcese, começa como traficante e só depois se vicia na droga que vende; já com João Estrella ocorre o contrário, uma vez que ele se torna traficante justamente pra sustentar o seu próprio vício e dos amigos. O ritmo frenético dos dois filmes também é parecido, ficando mais acelerado conforme o protagonista se descontrola cada vez mais, até chegar ao ápice quando a casa cai de vez. E tanto João quanto Henry acabam envolvendo família e amigos nos negócios, levando todos com ele pro fundo do poço.
O diretor Mauro Lima (também autor do ótimo roteiro ao lado da produtora Marisa Leão) conseguiu uma proeza: fez um filme que conta uma história real sobre drogas, prisão e drama familiar que foge dos estereótipos que povoam o atual cinema brasileiro. Lógico que tem um pouquinho de violência e palavrões, mas nada que possa abalar uma senhora de 60 anos que esteja na platéia. E ao contrário de outros dramas recentes, não apela pro clima depressivo quando mostra a derrocada do protagonista (tipo “Cazuza”, “Bicho de Sete Cabeças” e afins) e mesmo assim consegue emocionar. Na verdade é tudo meio estilizado, mais pra sátira que pro real, buscando o humor até em situações mais extremas, e é justamente esse um dos pontos altos do filme. E por isso tudo funciona muito bem, desde a interpretação brilhante de Selton Mello (especialmente comparando com a atuação dele em seu filme anterior, “O Cheiro do Ralo”, completamente diferente e igualmente sensacional) até as cenas no sanatório público, que tinham tudo pra ser deprê mas não são, principalmente graças à presença do sumido Felipe Martins como um dos internos. Um grande começo de ano pro cinema nacional.
NOTA: 8,5
SINOPSE: Adaptado do livro de Guilherme Fiúza, conta a história real de João Guilherme Estrella, jovem da classe média alta carioca que se tornou o maior traficante de cocaína do Rio nos anos 80 e começo dos 90.
O FILME: Pode-se dizer que “Meu Nome Não É Johnny”, guardadas as devidas proporções, é uma espécie de “Os Bons Companheiros” em versão brasileira. Ambos tratam de histórias parecidas: traficante que põe tudo a perder por se deixar viciar pela droga que vende. A diferença é que Henry Hill, o personagem central do clássico de Martin Scorcese, começa como traficante e só depois se vicia na droga que vende; já com João Estrella ocorre o contrário, uma vez que ele se torna traficante justamente pra sustentar o seu próprio vício e dos amigos. O ritmo frenético dos dois filmes também é parecido, ficando mais acelerado conforme o protagonista se descontrola cada vez mais, até chegar ao ápice quando a casa cai de vez. E tanto João quanto Henry acabam envolvendo família e amigos nos negócios, levando todos com ele pro fundo do poço.
O diretor Mauro Lima (também autor do ótimo roteiro ao lado da produtora Marisa Leão) conseguiu uma proeza: fez um filme que conta uma história real sobre drogas, prisão e drama familiar que foge dos estereótipos que povoam o atual cinema brasileiro. Lógico que tem um pouquinho de violência e palavrões, mas nada que possa abalar uma senhora de 60 anos que esteja na platéia. E ao contrário de outros dramas recentes, não apela pro clima depressivo quando mostra a derrocada do protagonista (tipo “Cazuza”, “Bicho de Sete Cabeças” e afins) e mesmo assim consegue emocionar. Na verdade é tudo meio estilizado, mais pra sátira que pro real, buscando o humor até em situações mais extremas, e é justamente esse um dos pontos altos do filme. E por isso tudo funciona muito bem, desde a interpretação brilhante de Selton Mello (especialmente comparando com a atuação dele em seu filme anterior, “O Cheiro do Ralo”, completamente diferente e igualmente sensacional) até as cenas no sanatório público, que tinham tudo pra ser deprê mas não são, principalmente graças à presença do sumido Felipe Martins como um dos internos. Um grande começo de ano pro cinema nacional.
NOTA: 8,5
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